Introdução
Durante
o período letivo de Maio de 2010 e Dezembro de 2011, colocou-se em prática o
projeto do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência)
Humanidades da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)[1], que tinha como atividades
propostas, ações tanto disciplinares e específicas (Teatro, História, Filosofia,
Ciências Sociais, Letras e Pedagogia), quanto ações interdisciplinares, onde
todas as áreas das humanidades estavam envolvidas, e que tinham como principal
referencial teórico os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Essas
ações foram desenvolvidas em escolas municipais e estaduais, pelos bolsistas
(Coordenadores de áreas, Supervisores de Escolas e Acadêmicos), situadas na
cidade de Pelotas-RS, foram elas: Colégio Estadual Dom João Braga, Instituto
Estadual de Educação Assis Brasil, Escola Técnica Estadual Professora Sylvia
Mello, Escola Municipal De Ensino Fundamental Núcleo Habitacional Getúlio
Vargas, Escola Municipal de Ensino Fundamental Ministro Fernando Osório e
Escola Estadual Nossa Senhora De Lourdes. Nas escolas estaduais todas as áreas
estavam envolvidas menos a Pedagogia, contudo, nas escolas municipais, a
Pedagogia trabalhava apenas com a área de Teatro. No total mais de sete mil
alunos em todas essas escolas foram beneficiados com o PIBID.
O
principal foco deste projeto foi o aluno, futuro professor. Desta forma os
objetivos do PIBID estavam voltados à elaboração e desenvolvimento de
estratégias que não eram habituais nos cursos de formação inicial de professor,
para que assim, a qualidade das ações na escola depois de formadas, e
principalmente
desses alunos bolsistas
possa aumentar em suas Licenciaturas. Através de: identificação da realidade
escolar, elaboração de material didático, revisão bibliográfica, seminários de
ensino, relatórios, seminários sobre PCN’s, oficinas com alunos, pesquisa em
educação, atividades com softwares, etc., os acadêmicos das licenciaturas do
PIBID Humanidades puderam de uma forma elaborada planejar, organizar e executar
as atividades previstas, e com isso desenvolverem a construção de conhecimento
e habilidades na futura profissão e nas atividades acadêmicas.
Neste
relatório vou detalhar todas as atividades feitas por mim, Murilo Furlan,
durante a execução do PIBID. Primeiramente desenvolverei as atividades
disciplinares, da área de Teatro, e logo após as atividades interdisciplinares
feitas no Colégio Estadual Dom João Braga. Este relatório consiste na
interpretação dos acontecimentos no Programa, e avaliação das atividades
exercidas.
Desenvolvimento Atividades
Disciplinares
No
subprojeto[2], do PIBID Humanidades, de
Teatro-Licenciatura, a Coordenadora de área Taís Ferreira (2009) no Plano de
Trabalho[3], começa dizendo que: “O
objetivo central deste plano de trabalho é propiciar o aprofundamento e a
ampliação dos conhecimentos teóricos e vivências práticas experienciados pelos
alunos-bolsistas em sua área de atuação, ou seja, o ensino de arte, mais
especificamente o ensino/ a pedagogia do teatro”.
Tendo
como base a LDB de 1996, criou-se um plano de atividades para os
alunos-bolsistas do curso de Teatro-Licenciatura a serem propostas para as
quatro escolas estaduais e as duas escolas municipais.
Por
meio de práticas sensíveis de produção e apreciação artísticas e de reflexões
sobre as mesmas nas aulas de Arte, e os alunos podem desenvolver saberes que os
levam a compreender e envolver-se com decisões estéticas, apropriando-se, nessa
área, de saberes culturais e contextualizados referentes ao conhecer e
comunicar arte e seus códigos. (PCN, 2000, p. 48).
A primeira
tarefa dos bolsistas do Teatro foi a leitura dos PCN’s tanto do Ensino Médio
quanto das séries iniciais e finais do Ensino Fundamental. Criaram-se grupos de
estudos, onde esses analisariam os textos lidos, e depois sintetizariam aos
demais colegas do grupo. Esse primeiro passo foi fundamental para mim, porque
pude ter uma base teórica prévia a respeito da educação pública, e notar que os
Parâmetros Curriculares Nacionais querem promover conhecimento de arte aos
adolescentes, jovens e adultos das escolas com o interesse por novas
possibilidades de aprendizado, de ações, de trabalho com a arte ao longo da
vida[4].
Além
da leitura de textos teóricos, como LDB; sobre interdisciplinaridade,
multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade; os projetos enviados pelo PIBID
UFPel no edital da CAPES; sobre transposição didática; e é claro, os PCN’s,
assistimos filmes de temática educacional,
focados para a área da educação pública, tanto a brasileira quanto a de outros
países.
Ainda
na parte de estudos, fomos até a escola para fazermos um levantamento de dados,
que foi chamado de diagnóstico. Neste diagnóstico, foram entrevistados vários
funcionários da escola, e analisado a situação física da escola, com isso
criou-se um documento onde continha o diagnóstico final da escola, com as
devidas conclusões a respeito da escola.
No
colégio Dom João Braga, além do diagnóstico que cada área fez exclusivamente,
criou-se um diagnóstico coletivo de todas as áreas, no qual pudemos perceber a
grande disposição do colégio em participar de diversos projetos.[5]
Após
a análise do diagnóstico final, o Teatro criou diferentes atividades para levar
a essas escolas, a principal delas foi criar espectadores de teatro, música e
dança nas escolas, com isso o PIBID firmou parceria com diversas instâncias[6] e projetos da UFPel que
fariam apresentações artísticas para essas escolas.
Porém,
antes desses alunos, que nunca haviam ido ao teatro, irem assistir a esses
espetáculos, os bolsista de teatro criaram uma cartilha informativa, entregue
aos professores com atividades propostas para serem trabalhadas com os alunos antes
e depois da apreciação do espetáculo.
Na
próxima citação podemos ver o quanto esta atividade é de grande importância
para inicializarmos as atividades do teatro no âmbito escolar:
De acordo com
Piaget, adaptar-se ao meio é construir um conjunto de relações e situar-se
entre essas relações, graças a uma atividade de coordenação que implica a
descentração e reciprocidade nos pontos de vista. Através da coordenação
gradual das ações – denominador comum do sistema de operação da razão e da
cooperação interindividual – a criança chega ao pensamento reversível, condição
básica e indispensável para participar de fato do círculo de cooperação
sociais. (KOUDELA, 2010. P. 117)
Piaget
(1977) nos diz que “Tematizar é construir um novo conhecimento para um velho e
esquecido saber.”. Com isso concluo que essa atividade de criação de
espectador, despertou nos alunos o conhecimento pela comunicação teatral e
mostrou que o funcionamento do teatro não é apenas como mensagem, mas sim como
estímulo.
Seqüencialmente,
as principais atividades do PIBID – Teatro focaram-se nas escolas. No colégio
Dom João Braga, eu, juntamente com os acadêmicos Carolina Ferreira, Lucia
Berndt e Hélcio Fernandes, criamos oficinas com o intuito de reativarmos o
grupo de teatro que existia na escola, chamado “Uó Du Borogodó”.
Os
principais objetivos para esse grupo eram: Desenvolver a capacidade de
concentração, observação, atenção, imaginação; Estimular expressão corporal e
vocal; Praticar improvisações; Proporcionar o contato com o texto dramático;
Experimentar os jogos e as técnicas teatrais; Conhecer aspectos da história do
teatro; Preparar os alunos para o fazer, o apreciar e o contextualizar através
do teatro; e criar uma comunicação, uma relação de prazer e satisfação entre
aluno e escola.
Esta
atividade durou todo o ano de 2011 da seguinte forma: No primeiro semestre
deste ano, criou-se duas turmas que trabalhariam em turno inverso ao horário
habitual de aula, por isso uma turma trabalhava com os alunos da manhã (na qual
os oficineiros eram os acadêmicos Lucia e Hélcio) e outra turma com os alunos
da tarde (na qual eu era oficineiro juntamente com a acadêmica Carolina). Neste
primeiro momento pensou-se em trabalhar corpo e voz, improvisação e textos
dramáticos com os alunos.
Apesar
de algumas falhas e problemas durante a execução das oficinas, como por
exemplo, o grande número de falta e de feriados (impedindo a realização das
oficinas), foi possível chegar ao objetivo da atividade, e partiu-se para o
próximo passo.
Sempre
baseados na reativação do grupo de teatro desativado da escola, juntou-se as
duas turmas (manhã e tarde) em um único grupo no segundo semestre de 2011.
Neste grupo, retomamos os objetivos estipulados no início da atividade, e
levamos até os integrantes do grupo, jogos, exercícios de preparação de ator,
teorias de teatro, para que assim o grupo crescesse cada vez mais, e torna-se a
cada dia um grupo de teatro mais autônomo e enfim seguissem como o grupo de
teatro do “Uó Du Borogodó”.
Como
o número de integrantes era muito pequeno, no final do ano letivo de 2011, não
foi possível conseguir reativar o grupo “Uó Du Borogodó”, porém percebemos que
os alunos assíduos eram muito engajados e interessados nas aulas de teatro, e
que talvez num prazo maior de tempo fosse possível eles criarem maturidade
suficiente para continuarem autonomamente com o grupo de teatro da escola.
Desenvolvimento Atividades
Interdisciplinares
Após
todas as áreas[7]
passarem por um momento inicial de estudos no PIBID, e sentindo um pouco mais
preparados para estarem dentro da escola, criaram-se os grupos para cada
colégio, e a partir de então, esses grupos se reuniram semanalmente, nas
próprias escolas, para análise mais aprofundada do ambiente escolar.
O
primeiro passo foi criar um documento geral para todas as áreas, apresentando
tanto as qualidades e vantagens quanto os defeitos e desfalques da escola e da
educação da mesma.
Através
deste grande diagnóstico, no meu caso, do Colégio Dom João Braga, foi possível
relatar, por exemplo: Segundo professores, os PCN’s não são utilizados para
nortear a formulação de suas aulas; Carga horária considerada insuficiente por
todas as áreas devido a grande quantidade de conteúdos programáticos; No que se
refere a Biblioteca, falta organização
do acervo, assim como de um funcionário para auxiliar os alunos; Grande número
de professores interessados em participar de projetos oferecidos pelo PIBID;
grande disponibilidade da escola; Infra-estrutura muito significativa para o
desenvoldimento das atividades, principalmente da área do Teatro; A
escola esta adaptada perfeitamente ao presente ano, com livros atuais, recursos
audiovisuais recentes, laboratório de química e informática com diversos
matérias; e, o colégio também possui salas de artes, material esportivo, grêmio
estudantil, orientação pedagógica, setor pessoal, setor financeiro, e salas
dedicadas aos projetos PIBID e escola aberta[8].
O projeto político
pedagógico (PPP) da escola foi feito com base nos parâmetros curriculares
nacionais (PCN’s) e sub-dividido em
Linguagens, Códigos e suas tecnologia; Ciências da Natureza, matemática e suas
tecnologias e Ciências Humanas e sua tecnologias; porém, a escola não trabalha
na sala de aula desta maneira interdisciplinar, e sim disciplinar onde uma
matéria não se relaciona com a outra.
Os professores se
preocupando com o desempenho dos alunos na escola buscam tirar as dúvidas dos
alunos, sempre empenhados em ajudar, porém alguns professores simplesmente
aplicam suas aulas e finalizam-nas sem desenvolver mais o assunto com os
alunos, “um método alienado de dar aula” segundo um aluno entrevistado na
escola.
Para o vestibular, o
foco principal é o terceiro ano do ensino médio em que o professor aborda
assuntos relacionados com os exigidos para o Exame Nacional de Ensino Médio
(ENEM), os professores afirmaram que esse interesse em saber quais os conteúdos
do Enem parte dos alunos e não dos próprios professores, o que podemos concluir
que os alunos da rede pública também estão motivados a participar dos
vestibulares para ingressar em uma universidade federal e/ou estadual.
O nível de evasão na
escola é alto segundo a vice-diretora Maria do Carmo em que afirma que isto
ocorre por conta da falta de estímulo partida dos educadores, pela repetência
dos alunos nos dois primeiros anos do ensino médio e pela necessidade de entrar
no campo de trabalho antes mesmo de finalizarem a educação básica.
Pudemos perceber a
falta de identificação do aluno com a escola, o que provoca uma inquietude dos
alunos nas aulas, acarretando alto nível de desqualificação educacional levando
a reprovação e o descaso com a escola.
Como método de tentar
evitar este alto nível de evasão na escola, a direção tem como base o artigo 5º
inciso III da LDB em que fala sobre “zelar, junto aos pais ou responsáveis,
pela freqüência à escola” e inciso VII “informar os pais e responsáveis sobre a
freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta
pedagógica”.
A escola, dialogando
diariamente com a família, procura conhecer o andamento do processo educacional
do aluno tanto dentro como fora da escola, podendo desta forma educar o aluno
em sua formação humanística e também tendo controle da qualificação do conteúdo
que o aluno levara adiante, assim como sua permanência na escola.
Outros
aspectos que influenciam positivamente a permanência dos alunos na escola são:
a qualidade da merenda e dos livros didáticos “são renovados a cada três anos e
os alunos são instruídos pelos professores para o cuidado e preservação do
material” (comentário da professora de biologia Magda Rosane Nunes Corrêa em
uma entrevista na escola); as formas de punições que tem como base o diálogo
entre a escola, família e aluno; temas da realidade do aluno tratados em sala
de aula como violência, drogas e sexualidade e a acessibilidade da escola que
atende alunos com deficiência física e mental.
Em
contrapartida, como aspecto negativo para a escola, o que desmotiva o aluno a
ir à aula é o alto índice de violência tanto dentro quanto fora da mesma
envolvendo os alunos; a falta de identificação do aluno com a escola e pelo
fato de alguns alunos morarem muito distante, problema que a escola enfrenta e
que não pode corrigir, pois as instituições não podem remover ou matricular um
aluno na escola sem a permissão da central de vagas.
Concluindo,
percebemos que um assunto de grande importância que precisaria ser abordado no
colégio, era a falta de identificação dos alunos: deles com eles mesmos; dos
alunos com os professores; e dos alunos com a escola. Por isso, a partir do
inicio de 2011, iniciou-se a elaboração do projeto interdisciplinar do Colégio
Estadual Dom João Braga.
O
projeto teve como tema: Identidades, Individualidade e Diferenças. Foi
intitulado “Quem sou? Onde estou? Identidades da diversidade”
As questões do multiculturalismo e da diferença
tornaram-se, nos últimos anos, centrais na teoria educacional crítica e até
mesmo nas pedagogias oficiais. Mesmo que tratadas de forma marginal, como
“temas transversais”, essas questões são reconhecidas, inclusive pelo
oficialismo, como legítimas questões de conhecimento. O que causa estranheza nessas
discussões é, entretanto, a ausência de uma teoria da identidade e da
diferença. (SILVA. 2009, pág. 73)
Portanto
o projeto teve como objetivo geral: “Instigar o reconhecimento, em particular,
das diferentes identidades que compõem o ambiente escolar e, em geral, dos
mecanismos que formam e mantêm essas relações na sociedade, instrumentalizando
o estudante do ensino médio para que construa sua autonomia intelectual
seguindo uma postura crítica e reflexiva diante da complexidade do mundo
contemporâneo.”[9]
A
escrita desse projeto interdisciplinar foi um pouco polêmica no colégio, porque
a escola muitas vezes mostrava-se inflexível quanto às propostas de atividades
o que desestimulava os alunos. Com a ajuda de alguns professores, foi possível
então, concluir a escrita do projeto interdisciplinar do Dom João Braga, que
foi apresentado para todos os colegas pibidianos de todas as escolas, em uma
Reunião Geral do PIBID-UFPel Humanidades.
O
projeto foi dividido em quatro grupos interdisciplinares (Mídia, Teatro, Cinema
e Visitação) onde todos esses grupos tinham pelo menos um integrante de cada
área das humanidades. Cada grupo tinha um sub-projeto diferente, porém todos
tinham o mesmo objetivo e tema do grande projeto interdisciplinar. Essa forma
foi adotada para facilitar a metodologia e aplicação do projeto.
Já
no segundo semestre de 2011, os projetos foram postos em prática nas escolas.
Apesar de algumas dificuldades em organização, tanto dos bolsistas pibidianos
(acadêmicos, supervisores e coordenadores) quanto dos funcionários da escola
(professores, coordenadores e direção), foi possível realizar a maioria das
atividades previstas no projeto interdisciplinar.
Em
alguns momentos foi preciso remarcar atividades, mudar horários, mudar o
conteúdo ou metodologia das atividades. Porém essas mudanças não afetaram de
maneira alguma chegarmos ao objetivo das atividades.
Ainda
me questiono se foi possível fazer com que a identidade da escola fosse, não
construída, pois “Além de serem interdependentes, identidade e diferença
partilham uma importante característica: elas são o resultado de atos de
criação lingüística.”, mas porém fabricada “no contexto de relações culturais e
sociais. A identidade e a diferença são criações sociais e culturais.” com esse
projeto. (SILVA. 2009, p.76)
Mesmo
nos últimos momentos na escola, vimos que alguns alunos ainda se mostravam
dissociados e se sentindo estranhos dentro daquele ambiente escolar, e por isso
se mostravam insatisfeitos e incomodados em estarem na escola. Porém vimos outra
parte de alunos, que foram assíduos em todas as atividades propostas pelo PIBID
Dom João Braga, que puderam perceber que:
Respeitar a diferença não pode significar “deixar
que o outro seja como eu sou” ou “deixar que o outro seja diferente de mim tal
como eu sou diferente (do outro)”, mas deixar que o outro seja como eu não sou,
deixar que ele seja esse outro que não pode ser eu, que eu não posso ser, que
não pode ser um (outro) eu; significa deixar que o outro seja diferente, deixar
ser uma diferença que não seja, em absoluto, diferença entre duas identidades,
mas diferença da identidade, deixar ser uma outridade que não é outra
“relativamente a mim” ou “relativamente ao mesmo”, mas que é absolutamente
diferente, sem relação alguma com a identidade ou com a mesmidade (PARDO, 1996,
p. 154)
Conclusão
O
intuito do PIBID é um trabalho amplo onde as disciplinas existem, porém estariam
dentro da interdisciplinaridade sem mostrar onde estaria especificamente cada
disciplina. Elas devem existir, porém elas devem reconhecer as outras
disciplinas e saber trabalhar com elas. Construir, tomando cuidado para não se
perder dentro da sua própria disciplina, tentando juntar-se com as outras. Conhecer,
trabalhar e respeitar todas as outras disciplinas.
O
PIBID inicia a descentralização do poder disciplinar, construindo um diálogo
possível entres todas as disciplinas. A proposta do PIBID, é a mesma do ensino,
há muito tempo – o foco do Ensino Médio tem que ser a formação de cidadãos.
Apesar
de ser uma realidade distante, porém possível, hoje podemos notar e reconhecer
formas de reestruturar a educação brasileira proposta pelos PCN’s e pela LDB há
tempos atrás. Percebemos que não é possível mudar a metodologia da escola hoje,
de uma hora para outra; ainda é preciso preparar tanto os alunos como os
professores para essa nova etapa da educação no Brasil. E é aqui que entra o
PIBID, um projeto federal que visa adaptar a escola ao novo método de ensino
mais eficaz e eficiente.
Com
essa experiência que os acadêmicos de licenciatura tiveram com a realidade
presente da escola pública brasileira, pude aprender mais sobre como é a
escola/educação no Brasil, e qual é a solução para uma melhoria na metodologia
desfalcada do ensino hoje. Fomos ensinados de uma forma, temos que aprender
agora uma nova maneira de ensinar, sem fragmentar e separar a aprendizagem.
O
principal objetivo do PIBID foi alcançado, pude ter uma melhoria das condições
de ensino de arte (teatro) no Ensino Fundamental e Médio, com um aprofundamento
e ampliação dos conhecimentos teóricos na minha área de atuação.
Referência Bibliográfica
BRASIL. Ministério da
Educação. Lei de Diretrizes e Base da
Educação Nacional: Lei nº 9.394. Brasília, 1996.
________. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ensino Médio – Parte II: Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias. Secretaria de Educação Fundamental, Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2000.
FERREIRA, Taís.
Subprojeto Teatro PIBID UFPel. 2009
KOUDELA, Ingrid. Texto
e Jogo, Ed. Perspectiva, 1992.
KRUGER, Verno. Projeto
Institucional PIBID UFPel. 2009
PARDO, José Luis. El sujeto inevitable, in: CRUZ, Manuel
(org). Tiempo de subjectividad.
Barcelona: Paidós, 1996: 133 – 154.
PIAGET, Jean.
L’equilibration de: structures cognitive: Paris Presses Universitaires de France,
1977.
SILVA, Tomaz Tadeu da.
Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais/ Tomaz Tadeu da
Silva (org). Stuart Hall, Kathyryn Woodward. 9. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes,
2009.
UBERSFELD, Anne. Para
ler o teatro. 1. Ed. - Editora Perspectiva. 2005.
[1]
O projeto do PIBID-UFPel foi criado em 2009 através do edital nº02/2009
– CAPES/DES pelo Coordenador do projeto institucional Verno Kruger do
Departamento de Ensino/ Faculdade de Educação para efeito de três níveis de
licenciatura aplicáveis: Ensino médio, Ensino Fundamental e Complementar. O
título dado ao projeto foi: PIBID UFPEL/5ª. CRE: HUMANIDADES INCENTIVANDO A
DOCÊNCIA.
[2] As atividades do PIBID Teatro se
baseiam em três eixos: na produção (fazer artístico), na recepção (apreciação estética)
e na contextualização (aprendizado reflexivo acerca de conteúdos
sócio-históricos da área) do teatro, tanto aos alunos envolvidos no projeto,
bem como da comunidade escolar e as demais comunidades que a cercam. Este
subprojeto tem como característica a não-intenção de estabelecer dentro das
escolas academias de atores profissionais, mas de enraizar o teatro como
linguagem conhecida e compreendida dos alunos-cidadãos que freqüentam as
escolas pelotenses.
[3] Plano de trabalho incluso no
sub-projeto de licenciatura em TEATRO-LICENCIATURA escrito pela coordenadora de
área do subprojeto Taís Ferreira no Edital Nº02/2009 – CAPES/DEB. PIBID ANEXO
II – Detalhamento de Subprojeto (Licenciatura)
[4] Frase construída através de
trechos retirados do PCN – Ensino Médio (BRASIL, 2000, p. 46).
[5] No tópico: Desenvolvimento
Atividades Interdisciplinar, vou relatar mais sobre este assunto.
[6] Os parceiros do PIBID – Teatro
foram: Quinteto de Cordas Guitarreiria, Núcleo de Teatro UFPel e Tatá
Dança-Teatro. Essa ação gerou um projeto de extensão chamado Escolas Pibidianas
no Teatro.
[7] Teatro, Filosofia, Ciências
Sociais, História, Letras e Pedagogia
[8] Em 2003, trazendo um grande
apoio as atividades especiais, que desde o ano 2000 aconteciam aos sábados a
tarde no colégio, surge o Projeto “Escola Aberta para Cidadania”. Trata-se de
uma proposta da Secretaria da Educação do Governo do RS, em parceria com a
UNESCO, com o objetivo de abrir as escolas públicas estaduais aos finais de
semana, com o propósito de desenvolver uma série de atividades desportivas,
artísticas e sócio culturais com as crianças, os jovens e familiares do entorno
escolar, oportunizando, neste espaço, lazer, recreação e cultura. A “Escola
Aberta” no Dom João Braga é uma realidade muito bem sucedida. Os cursos livres
oferecidos pela Escola Aberta permitem que a comunidade conquiste subsídios de
conhecimento para estarem preparados para alcançar um patamar mais alto dentro
da sociedade.
[9] Trecho retirado do Projeto
Interdisciplinar do Colégio Dom João Braga – PIBID Humanidades.
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