Em
junho de 1966, um grupo de artista e intelectuais independentes fundou a Casa
de La Cultura, em Bogotá na Colombia, onde aconteciam exposições de trabalhos
artísticos de artes plásticas, cênicas, do cinema, entre outras. Santiago
Garcia, o diretor da instituição, após uma viagem para a Europa, percebeu a necessidade
de constituir um grupo de produções coletivas, a exemplo de Ariane Mnouchkine,
na França. A Casa de La Cultura passou, então, a se chamar La Candelaria.
Santiago
Garcia se formou em Arquitetura, além de ser diretor e encenador foi também
ator de televisão, cinema e teatro. Estudou em Paris, Londres, Veneza e Berlim
e foi o criador do grupo de teatro El Búho (teatro do absurdo). É considerado
por muitos críticos e estudiosos como um encenador culto, explorador, curioso, entendedor
de seu tempo e aberto a novas idéias.
Os
passos de criação do grupo La Candelaria são: O grupo cria um plano de conteúdo
e de expressão, onde são criadas substâncias de conteúdo, formas de conteúdo,
expressões e linhas argumentais; o grupo busca, então, motivações, através de
pesquisas científicas; os atores improvisam sobre o material recolhido e
definem linhas temáticas e linhas argumentais; em seguida, o grupo faz uma
montagem operacional e textual; e, por último, fazem uma improvisação analógica
para trabalharem sobre os elementos metafóricos e procedimentos distintos,
dando o acabamento à obra cênica.
Garcia
utiliza a meditação profunda para a escolha do tema, sendo contra a ideologia
na obra de arte em geral (a rapidez na tomada de decisão), ele cria uma imagem
cênica (relação entre o público e a obra de arte) carregada de sentido através
da análise textual (cotextual, intertextual e contextual).
“Arte
é um meio que dispõe a sociedade para o conhecimento, a apreensão e a
transformação da realidade.” GARCIA, Santiago, 1988, p.66.
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